domingo, outubro 24

a esgalhar

andei toda a santa manhã numa perfeita azáfama. Eu e mais uns quantos parceiros do clã entretivémo-nos a esgalhar não uma mas duas oliveiras.
Pois é, passei um bom bocado da manhã em cima de duas oliveiras num tente haver se não cais, roubando, qual passarão enorme, o fruto de um quase ano de produção, azeitonas.
Depois foi o sentar, sempre dá menos trabalho e calha menos mal, a separar a azeitona, uma para retalhar, que vai calhar cá ao ge com é óbvio, e outra para pisar, que por certo calhará à esposa do ge, isto é, fica tudo em casa.
Há meia duzia de anos que o ritual se repete por esta altura. Juntamos uns quantos elementos do clã, aqueles que pela saúde ainda apresentam melhores condições, e lá vamos nós à apanha da azeitona. Primeiro para pisar, depois para conserva e depois ainda para retalhar. Só no princípio de Novembro, lá por volta dos santos, é que feita a apanha para o lagar.
Todos dizem que o azeite é diferente. Mas que é uma festa é. Particularmente depois da canseira, quando nos sentamos todos à mesma mesa, corrida e de bancos compridos, e nos entretemos com o cozido, como foi o caso de hoje. Obviamente ao qual se juntam uns tintos para terminar em festa.