domingo, abril 25

de Abril

Tudo o que possa aqui dizer ou escrever será pouco e claramente insuficiente para fazer sentir aquilo que sinto quando se fala em Abril, em Liberdade, em Democracia.
Tinha 10 anos há trinta anos atrás. Lembro-me de ir para a escola e de lá rezar toda a manhã, até que a minha mãe me foi buscar.
Lembro-me da praça de Giraldo atafulhada de gente, dos cânticos, do café Portugal se encher de gente estranha, do jardim das Canas ser palco de gentes. Lembro-me do meu pai andar numa lufa-lufa.
Corremos o risco de, mais cedo ou mais tarde, o 25 de Abril ser um pouco como a implantação da República, um dia feriado em que uns quantos festejam a data, outros a saudam e outros ainda adormecem.
Que Abril nunca adormeça, que as pessoas sonhem com novas revoluções, que ela aconteça em cada um de nós.
ABRIL, SEMPRE.