segunda-feira, abril 19

das surpresas

A Espanha e o Mundo, segundo alguns dos jornais, mostram-se surpreendidas com a decisão de Zapatero de retirar as tropas espanholas do Iraque.
Quando ganhou as eleições interroguei-me aqui sobre se uma andorinha pode fazer a primavera, se esta vitória teria sido consequência do atentado de dias antes, das atitudes do então primeiro ministro ou apenas uma opção democrática.
Hoje interrogo-me sobre as opções políticas de um novo lider político. Serão elas uma clara opção pela verdade e pela assunção das ideias, em detrimento do eleitoralismo, da demagogia e da hipocrisia ou apenas reflexo dos tempos?
Será Zapatero um digno representante de uma nova geração de político que, ainda que tenham nascido em ditatura, cresceram com os ventos da democracia, do pluralismo, da participação, ou apenas efeitos mediáticos de um reconhecimento escasso de resultados eleitorais?
Seja o que Zapatero possa ser ou vir a ser, de momento reconheço-lhe, na distância que nos é mediada pela comunicação social, traços de diferença, de arrojos de humildade política, de reconhecimento que o protagonismo tem de ser do povo que vive e morre por decisões políticas, perante o qual apenas uma coisa vale, a sinceridade.