sábado, abril 24

da história

Ontem, a propóstio de uma visita de estudo, fiz o percurso entre Évora e Lisboa de comboio, aportando ao Barreiro e daí à Praça do Comércio.
Não fazia este percurso talvez há 20 anos.
O que redescobri deixou-me grato pelo meu país, pela (r)evolução que se tem feito sentir.
O comboio em nada dizia respeito àquele de sumopau que utilizava há 20 anos. Confortável, rápido q.b., particularmente a partir de Vendas Novas, com bar, silencioso, prático, funcional, onde se pode estudar ou trabalhar.
Chegados ao Barreiros deparei com uma gare renovada onde coexistiam ligações a um passado recente, amplos espaços entre o vidro e os alumíneos, esquemas de orientação das pessoas com sentido e elegantes, constrastam com algumas casas de banho decrépitas e em más condições. Mas ainda assim com um claro sentido de parecer um espaço de ligação entre margens e entre pontos.
O barco era um dos novos "catamarans", que não deixa ficar mal nada nem ninguém oriundo dos países do norte da Europa.
A grande ideia que dalí retirei foi a do crescimento, a da (r)evolução que se faz sentir neste país. A distância e os sentimentos relativamente aos factos permite-nos um outro olhar, outras valorizações.
As pessoas, essas, pareceram-me as mesmas de há 20 anos. Cinzentas, carregadas de olheiras, silenciosas, mais apressadas, indiferentes a quem está ao seu lado.
As coisas dão um ar de evolução, as pessoas nem tanto.
Será que falta um 25 de Abril às pessoas, dentro das pessoas, dentro de nós?