sexta-feira, dezembro 5

Etnias

Não é por acaso, mas há dias deixei aqui um post que referenciei como interculturalidades. Ontem discutiu-se a etnicidade, a participação e o direito de minorias étnicas acederem à escola. Tudo isto por causa da turma de ciganos numa escola de Bragança. É ali, podia ser em qualquer outro lado. É com ciganos, podia ser com negros, com deficientes. ...
Não é por acaso, mas a nossa escola não está preparada para viver a e com a diferença, as minorias, sejam elas religiosas, étnicas, sociais, sexuais, culturais ou outras.
A escola portuguesa continua e insiste em viver um erro, o do mito da escola de elite, onde apenas alguns privilegiados têm acesso. Antes era por questões sociais e económicas, hoje, minimizadas aquelas, surgem novas razões - culturais, de sucesso educativo e escolar, de diferenças pessoais.
Enquanto a escola permanecer e insistir neste modelo de elite e de indiferença para quem é diferente, não há nada que lhe resista.
Dois destaques mais apenas.
1 - Os pais de Bragança que agora se insurgem contra a turma de ciganos, certamente frequentaram aquela escola, foram formados naquela escola, forma culturalizados naquela escola, foram educados para a tolerância, para a diferença e para combater a indiferença naquela escola.
2 - criar uma turma exclusiva de elementos diferentes pode promover e acentuar o risco do gueto, da ilha étnica, social, escolar ou educativa. É claro que tem vantagens, mas será que são superiores às desvantagens?