quarta-feira, dezembro 3

Andanças

Hoje, desde as 09h30 até há pouco, tenho andado de um lado para o outro, a tratar de papeis, processos, burocracias. É um pequeno mundo onde qualquer cidadão corre o risco de tirar nota elevada na iliteracia da administração pública portuguesa.
Sei que sou eu, cidadão, o interessado, que é difícil compatibilizar interesse individual com interesse colectivo, público. Mas há situações caricatas, típicas de um postal ilustrado do melhor que se faz em Portugal.
Lembro-me de, uma vez e por causa da sociedade da informação, o então ministro Mariano Gago ter referido que, apesar do interesse individual, tiver que ser o serviço a procurar a informação e a instruir um qualquer processo, que a "máquina" da administração pública se simplificava por si mesma.
Falta este pequeno/grande passo que não será dado, estou certo, com as medidas que se reclamam por aí. Não basta privatizar aquilo que interessa aos privados e às empresas, os cartórios e notários, a saúde, algumas áreas do social deixando de lado todo um outro conjunto que, por falta de interesse económico, permanecerá nas mãos do Estado.
Com correio electrónico, com a troca segura de ficheiros e correspondência, para já não falar em redes (Internet, Intranet, Extranet), porque não uma dada repartição questionar outra sobre a situação de um dado cidadão - fiscal, contributiva, etc.??? - e existir troca electrónica de informação, de dados??
Poupar-se-ia tempo, dinheiro e muito, muito trabalho.
O que falta para ser dado este passo?? Vontade política.