domingo, novembro 23

Penso não ter o grato prazer e certamente o privilégio de conhecer Manuel Azinhal, que assina "o sexo dos anjos".
Em crónica recente refere que:
não se vislumbram reacções, nem públicas nem privadas, que não sejam a resignação, o alheamento, o desinteresse, o afastamento, quando a saturação chega e a paciência ou a saúde não dão para mais.
Tudo isto a propósito daquilo que acaba por corrigir e reconhecer que é sempre mais fácil escorregar para a injustiça do que seguir o rumo justo.
A ausência/presença de professores que utilizam este meio, esta atmosfera, esta blogosfera, pode ser paradigmátca de uma de duas coisas.
Por um lado o nosso próprio silêncio pode não querer significar indiferença, alheamento. Nem sempre quem cala consente. Outras formas de luta se determinam, outras guerras se travam, outros palcos se promovem.
Por outro lado, a resistência a esta solidão que antes referi, ao isolamento, ao individualismo do trabalho docente pode conduzir a algum comprometimento na veiculação da sua opinião, das nossas ideias.
Mas, como se pode determinar ao lado, nos links, marcamos presença. Discreta, é certo. Mas, volto a repeti-lo, não como um muro de lamentações, não como carpideiras inesgotáveis, não como atribuidores de culpa a tudo e a todos, ao sistema, aos ministros e aos ministérios.
Antes como pensamentos em voz alta, na procura de soluções partilhadas, negociadas, trabalhadas e ouvidas entre todos para que quem decide o possa fazer em consciência e seja conhecedor de uma realidade policromática, multifacetada, heterogénea onde o mais fácil é dar a opinião.