quarta-feira, setembro 1

confusões

há quem, por opção ou simples confusão, procure definir a justiça social em face do esbatimento das diferenças, da aproximação e da igualdade das pessoas.
Há termos e conceitos que, pela sua utilização e apropriação, podem conduzir a alguma confusão.
A justiça social consegue-se pelo respeito das diferenças e pela assunção de que cada pessoa tem um lugar, uma posição e um conjunto de responsabilidades próprios.
É neste contexto que a igualdade surge.
Não por sermos todos iguais, nada de mais falso e erróneo, mas no acesso às diferentes condições sociais - educação, saúde, fiscalidade, segurança social, etc. É neste campo que as igualdades devem ser asseguradas.
Uns quantos defendem que deve ser por selecção social, o mercado a definir as regras e as condições de acesso a estes meios, outros, onde me incluo, defendem que o Estado tem um papel fundamental na gestão dos interesses colectivos e na adequação entre o interesse individual e o interesse colectivo.
Não iludamos a realidade com citações agradáveis e conhecedoras, quando simplesmente o que se pretende com os adizeres oriundos da Revolução Francesa e que marcam ainda as ideologias deste bocadinho do mundo, é realçar o respeito pelas diferenças na justa adequação das igualdades.