quinta-feira, abril 29

de Beja

Há dias atrás, acompanhei a esposa a Beja, onde realiza o seu complemento de formação.
Enquanto ela despendia o seu tempo a ouvir falar das coisas dela, tive oportunidade de me passear por Beja.
Duas observações que deixo à consideração dos meus colegas de Beja.
1 - quem a viu e a quem a vê, dinâmica, em mutação, isto é, de devagar (como convém ao alentejano) liberta-se da sua teia agrícola e terciariza-se, liberta-se de um mundo rural em claro declínio e urbaniza-se. Não me é perceptível, e não o pode ser nem mesmo em meia dúzia de visitas que lhe possa fazer, qual o sentido desta terciarização e desta urbanização, qual o papel das suas gentes, qual a participação que nela detém, qual a ideia de cidade na sua e para a sua afirmação, mas penso que não lhe é exclusivo;
2 - Carreira Marques e a sua CDU arriscam-se claramente a perder as eleições, desculpem lá a minha opinião, mas tenho que assumir que ainda bem. Não é pela mudança, não é por esta intervenção que se sente em qualquer uma das rotundas da cidade. É por aquilo que ele não fez desde que lá está, é por aquilo que ficou por fazer, é pela constatação do óbvio que não vale a pena acelerar na recta final quando todos os outros já a ultrapassaram. Este foi um dos problemas que Abílio Fernandes apenas presentiu e tarde demais.
Se exisitisse alguém com capacidade de ser um elo de unidade entre as três capitais de distrito, se existisse alguém com capacidade de somar as dinâmica que se fazem sentir sem lhe subtrair identidades, culturas e protagonismos, estou certo que a região ganharia um outro sentido, uma outra dinâmica, um outro papel.
Tenho que dizer que protagonistas até são capazes de exisitir, não sei é se exisitirá o querer.