segunda-feira, setembro 12

exemplos

tenho saudades de trocar ideias com o Miguel, algo que fazia tendo como pano de fundo a escola. Como tenho saudades, reconheço, da escola.
Gosto do faço, mas gosto da escola, gosto de ser professor, gosto de pensar a minha profissão como gosto de pensar a minha acção.
Nesse sentido, não perco a oportunidade e recolho este texto do Miguel para dizer que se enleou no seu próprio discurso. É um exemplo do labirinto de ideias que uns promovem e no qual, por discurso, por atitude, por competência ou opinião nos gostamos de enredar.
Este texto vai ao encontro de um princípio pelo qual eu próprio me enleio, a criação de mecanismos que permitam a definição de ajustamentos, ainda que instáveis, mas que possibilitem o equilíbrio (momentaneo, instável, provisório, transitável, mas em equilíbrio) e, por seu intermédio, a criação de um sentido colectivo ao trabalho (diferenciado) que se desenvolve.
Na escola como, de um modo mais geral, na administração pública portuguesa, necessitamos destes ajustamentos, destes equilíbriso, de modo a percebermos o que fazemos, para que fazemos, com que sentido fazemos.
A ausência ou a indefinição destes equilíbrios permite a criação de zonas de transição onde todos opinam, todos colaboram, todos participam mas que não permite o avanço, a construção colectiva e partilhada.
Talvez faça falta a contrução de um mapa de possibilidades, de modo a percebermos por onde vamos, como vamos, com quem vamos, que alternativas e que possibilidades temos. Daí para a avaliação é um passo. Daí para a construção de um sentido colectivo do trabalho público é uma oportunidade.