quinta-feira, outubro 28

inclinação

o nosso antigo primeiro-ministro saiu assumidamente derrotado da comissão europeia, um recuo estratégico, como outros diriam.
Não apenas na Europa também por cá inicia-se um ciclo marcado pela inclinação, sempre a descer.
Onde irá conduzir esta inclinação é que ainda não se sabe. Quais as suas mais directas consequências ainda estamos por apurar.

mudam os tempos

devagar, devagarinho há uma clara percepção social e profissional que as coisas estão a mudar.
Ontem, em conversa com uma colega, visibilizavam-se as pequenas mudanças que ainda não aconteceram, descobriam-se as razões de alguma conflitualidade, do atrito que se faz sentir nos diferentes locais de trabalho, da dinâmica que caracteriza a relação entre profissionais e clientes ou utentes.
As estruturas profissionais estão montadas, assentam em lógicas e racionalidade próprias de meados do século passado - estruturas hierarquizadas, lógicas funcionais e funcionalistas, funcionários passivos e algo acéfalos, redes fechadas e opacas, distanciamento do profissional face ao cliente ou utente, horários rigídos e virados para o interior da organização, etc, etc.
Esta lógica de funcionamento esbarra na capacidade crítica das pessoas, no aumento da escolarização, no questionar de situações, no inquirir de lógicas de funcionamento. Os princípios em que assenta a organização da generalidade dos serviços (e não apenas os públicos) cria atritos com quem quer ser servido, com quem tem novos horários, outras lógicas e outras dinâmicas - de participação, de utilização, de usufruto, de respeito e consideração.
São pequenos elementos que se fazem sentir nas organizações, em que a formação ou a aquisição de novas competências destaca novas formas relacionais, questiona lógicas e cria atritos.
É um mundo que muda, é o avançar do tempo. Preparemo-nos nós para novos tempos.

terça-feira, outubro 26

tempo

o tempo esta semana é escasso, não consigo organizar as ideias para passar por aqui e aqui deixar ideias ou pensamento com a regularidade desejada.
Não gosto apenas e somente de falar do tempo, como se nada mais existisse numa conversa a só.
A ausência, a confirmar-se é forçada e decorre de circunstancialismo profissionais. Ausente mas não muito longe.

domingo, outubro 24

aniversário

A Organização da Nações Unidas faz hoje, 24 de Outubro, 60 anos.
Há um bom bocado que ultrapassou a meia idade mas está ainda com claros sinais de adolescente em dúvida. Sobre o que é, o que quer ser, qual o seu papel, qual o papel dos outros que lhe dão sentido e vida.
Pessoalmente faço este destaque considerando o papel que esta organização tem tido na e para a paz. Dir-se-á insuficiente, é verdade, como destaco o seu papel no âmbito da saúde, educação, trabalho e nas múltiplas áreas em que faz chamadas de atenção.
Surgida do fracasso e da incapacidade da Sociedade das Nações, com papel algo condicionado durante o período da guerra fria, com um conselho de segurança que nos oferece poucas garantias, não deixa de ser um dos factores com maior impacto no planeta.
Há que diga (Freitas do Amaral, aos microfones da antena 1) que é uma enormissíma Gulbenkiam. Ainda bem.

a esgalhar

andei toda a santa manhã numa perfeita azáfama. Eu e mais uns quantos parceiros do clã entretivémo-nos a esgalhar não uma mas duas oliveiras.
Pois é, passei um bom bocado da manhã em cima de duas oliveiras num tente haver se não cais, roubando, qual passarão enorme, o fruto de um quase ano de produção, azeitonas.
Depois foi o sentar, sempre dá menos trabalho e calha menos mal, a separar a azeitona, uma para retalhar, que vai calhar cá ao ge com é óbvio, e outra para pisar, que por certo calhará à esposa do ge, isto é, fica tudo em casa.
Há meia duzia de anos que o ritual se repete por esta altura. Juntamos uns quantos elementos do clã, aqueles que pela saúde ainda apresentam melhores condições, e lá vamos nós à apanha da azeitona. Primeiro para pisar, depois para conserva e depois ainda para retalhar. Só no princípio de Novembro, lá por volta dos santos, é que feita a apanha para o lagar.
Todos dizem que o azeite é diferente. Mas que é uma festa é. Particularmente depois da canseira, quando nos sentamos todos à mesma mesa, corrida e de bancos compridos, e nos entretemos com o cozido, como foi o caso de hoje. Obviamente ao qual se juntam uns tintos para terminar em festa.

sábado, outubro 23

romaria

passe a publicidade que por estas bandas é perfeitamente dispensável.
abriu o espaço Marché nestas minha cidade. Roupas, bricolage, auto e alimentar. O quatro num só espaço dividido a meio por um enorme parque de estacionamento.
Ontem e hoje tem sido o bom e o bonito, tudo e quase todos em romaria áquelas paragens. Admira-se a novidade, comparam-se preços, discorrem-se sobre oportunidades, cusca-se sobre lojas e logistas.
Há mais gente dos arredores do que estes que por aqui moram. Todos à procura de uma oportunidade.
Évora mexe.

sexta-feira, outubro 22

visibilidade

a partir desta notícia ficamos com a convicção que o nosso antigo primeiro-ministro é um homem de convicções fortes.
É pena. Para ele e para nós, portugueses e europeus.

eleições

as eleições americanas que já se iniciaram e que irão conduzir à eleição ou reeleição do seu presidente são um dos factores que mais (será que piores?) repercussões irá ter na cena mundial, no quotidiano de milhões de pessoas.
Eu que pouco ou nada percebo de política mundial, nem de relações internacionais tenho a pretensão de perspectivar que as ondas de choque deste acto eleitoral se irão repercutir muito para além do acto em si e da geografia restrita norte americana.
Haja bom senso e capacidade de interpretar os sinais que aí estão e definir novos paradigmas políticos, novas formas de inter-relações sociais, novas contratualizações económicas, novas parcerias e outras dinâmicas sociais que incluam em vez de excluir, que integrem em vez de desarticularem, que promovam em vez de esconder, que participem em vez da indiferença.

ridículo

a partir desta hipótese, levantada após uma noite mal dormida do nosso primeiro-ministro, ocorreu-me reflectir que se os professores passam o seu tempo a efectuar juízos de valor, a avaliar pessoas, situações, a aferir do sentido de uma qualquer regra, de uma qualquer norma, se os professores lidam com mais situações sociais que muitos assistentes sociais, se procuram alternativas, medeiam situações e conflitos, propoem medidas de remediação, compensação, aplicam penas e distibuem benesses, se tudo isto, então desculpem lá, mas, face a esta situação não consideram que seria bastante útil a criação de assessores jurídicos dos professores? e que seria óptimo que os senhores doutores juízes fossem assessores dos professores?

quinta-feira, outubro 21

subida

afinal neste nosso país não é apenas o preço dos combustíveis que sobe. Também o radicalismo estudantil, também a violência policial, também o descontentamento, também a vontade de mudar.
Em Coimbra foi o que se viu, por estas bandas não houve Universidade para ninguém, fechada a cadeado que foi.
Faltam ainda dois anos de governo de coligação.
No passado tivemos António Ferro, como ministro da propaganda, hoje temos Morais Sarmento.
Para evitar a entrada de droga nas cadeias limitam-se os direitos de presos e de visitas.
Para evitar males maior o direito, a norma substitui o contrato social.
A memória é curta?

consumo caseiro

ontem, com a derrota do FCP em Paris [grande golo do Pauleta], fiquei ainda mais irritado pelo resultado do fim de semana desportivo onde o glorioso perdeu.
Confirma-se que este FCP é uma versão q.b. para consumo caseiro, para, com alguns apoios e muitas ajudas, assegurar o acesso à liga dos campeões e, assim, o equilíbrio (?) financeiro.
A porra toda é que o resto, aqueles que deviam dar luta, se ficam pelas intenções.
Será hoje a reviravolta?

terça-feira, outubro 19

acabem com eles

Há já uns dias que procurava evitar questões políticas. Considero que quem por aqui passa não anda, certamene, à procura de qualquer tipo de esclarecimento ou de ultrapassagem de dúvidas políticas e menos ainda partidárias.
Como também tenho consciência que careço de argumentos, de elementos factuais que me permitam ir mais fundo em determinadas questões antes de dizer/escrever asneiras opto pelo silêncio.
Mas depois encontro estas pérolas, estas maravilhas do nosso quotidiano político-governativo e descai-me asa com claras tendências, agora mais expressas, para o anarco-sindicalismo.
Cavaco Silva, hás uns tempos atrás prometia acabar com os funcionários públicos, como não sei, nunca disse.
Agora será de vez? atrás do slogan melhor Estado com menos Estado e com menos funcionários?
Só uma pequena referência. Todo o edifício de pessoal, recursos humanos, estruturas e carreiras da administração pública assenta em princípios e lógicas da década de 80 do século passado. Ainda que tenham existido algumas mexidas, pequenas alterações funcionais aqui e ali, a estrutura definida e as lógicas montadas nesse tempo permanecem, na generalidade das carreiras, inalteradas. Daí a existência de evidentes disfunções e desadequações orgânicas e organizacionais - a permanência de dactilógrafos, de amanuences, entre outras pérolas.
Antes de se pensar numa redefinição estrutural do que é o quadro de recursos humanos da administração pública, com lógicas esclerosadas, anquilosadas e desadequadas, pensa-se em acabar com eles. Pelo menos poupa-se a trabalheira de repensar para que queremos o serviço público, quais os seus objectivos e qual o papel que os recursos humanos neles ocupam.

calor

nestes dias e particularmente nestas noites apetece ver o brilho do lume, o fogo que nos aquece. Ainda não acendi a lareira este ano, mas estou seriamente desconfiado que antes do fim de semana será reinaugurada.

outono

o dia está tipicamente de Outuno, vento, chuva e confusão. Gosto de estar aqui, olhar pelo vidro da janela e disfrutar do tempo.
Acodem-me nostalgias do meu futuro, recordações de coisas ainda não acontecidas, vontades ainda não partilhadas. Entre o ondular das árvores que daqui avisto, espreita o cinzento, cada vez mais escuro, do céu.

segunda-feira, outubro 18

lágrimas

terminei ontem o Inventor de lágrimas, o último romance do conterrâneo Luís Carmelo.
Porque reconheceu que iniciava um mapa interpretativo (atenção o link não é directo) deixo a minha posta, antecipando que não sou crítico nem literário nem de coisa nenhuma, apenas me movo pela emoção que cada texto, cada palavra me desperta, pelos sentimentos que suscita. Que seja encarado como o meu contributo, o meu tijolo para uma arquitectura que se consolida a olhos vistos, que se sente crescer a cada livro.
Apenas tinha lido um outro seu título, gostei mais deste, tanto que o li em três dias.
Mas ao longo da sua leitura fiquei sempre com a sensação que contém outros romances, que ao escrever este outros se lhe acudiam ao espírito, se afloravam, despertavam novas/outras tentações. Há uma multiplicidade de princípios e outros tantos fins, dependendo das vontades e refazem-se, uns nos outros.
Há uma dinâmica rectilínia no romance, que une uma ponta e outra, eficaz, persistente, permanente, que nos puxa para a leitura, que nos obriga a perceber o que se segue, nos impele à leitura; mas que me deixa a dúvida se procura ser uma crónica de costumes se um relato de um quotidiano, se a construção de uma ideia, se um desenho de uma intriga ou, mesmo, se o desenho de um cenário de filme, de um enredo antecipadamente descrito.
A aparente facilidade com que escreve, faz-me desejar que o próximo seja uma crónica de costumes, um desmontar de personalidades, um desenho de figurantes activos e participativos, um reconhecer do nosso quotidiano. Ah, e já agora, com o Alentejo em fundo.

perdemos

... pois. Há um título bastante elucidativo esta manhã, "frango de Baía saltou para fora da capoeira".
Depois de uma semana de incendiários, perspectivam-se mais uma ou duas de intenso fogo posto.
Mas ainda estamos na frente e ainda há muito campeonato pela frente.

ganhámos

nos Açôres o PS conquistou a sua segunda vitória do ano (a primeira, para os que não estejam lembrados, correspondeu ao parlamento europeu) a primeira sob a tutela, ainda pouco clara, de José Sócrates.
Ainda que marcadamente regionais, com todas as suas próprias e intrinsecas características, servem para lembrar do falhanço de uma coligação, das opções políticas continentais.
Serve para lembrar a alguns senhores ministros que, para além das velocidades, os açoreanos preferem César.
Avé César.

sábado, outubro 16

fenómeno

esta coisa dos blogues mais parece uma montra onde cada um mostra aquilo que tem, de que é capaz, que consegue escrever e, se possível, pensar.
Como diz um colega ele há blogues para tudo e para nada, sobre tudo e sobre nada, de todos e de ninguém, assumidos ou escondidos, pessoais ou banais.
Agora também, talvez já fosse tempo, um blogue sobre o fenómeno dos blogues.

merda

Para além da sorga estar no hospital, de lhe terem aberto o peito e posto, literalmente, o coração nas mãos, hoje foi a vez de de me assaltarem o carro.
Rebentaram-me a fechadura, em plena avenida da liberdade, entre as 14 e as 18h.
Merda.

sexta-feira, outubro 15

expectativa

e vocês acreditam que domingo seja um dia normal?
para mim vai ser de nervos, expectante quanto ao embate da noite, para ver se o glorioso arranja argumentos para enfrentar dragões e se estes saiem sem escoriações de maior.
quem se safa é o senhor secretário de estado que já anunciou que não vai. Não vá o diabo tece-las.

a rodar

Em face da sogra estar internada num hospital s.a. (Stª. Marta) permite-me olhar para esta realidade da qual apenas tenho referência via comunicação social e pouco mais.
Tenho, o que me favorece, um ponto de comparação, quando o meu pai ali esteve à pouco mais de 4/5 anos, no mesmo serviço e pelas mesmas razões.
Primeira constatação, é sempre a rodar, é a despachar, é a andar. Desde a unidade de cuidados intensivos à enfermaria, passando pela unidade de cuidados intermédios, o doente está o tempo estritamente necessário. Parece uma mesa de esplanada onde se é obrigado a circular, onde o tempo morto é uma perda de tempo. Não significa que existam menos ou menores cuidados, apenas não existe um conhecimento do doente para além dos parâmetros de normalidade da situação. Encaixado o doente dentro desses parâmetros, vá de circular, vá de rodar.
Segunda constação/observação refere-se à imagem. A imagem é um dos pontos de referência desta nova forma organizacional. Tudo, mas mesmo tudo, impecavelmente limpo, encerado, com lustro. Desde os corredores de entrada às enfermarias ou a qualquer outra unidade está tudo um brinquinho. Espero que com a esfregona não se disfarcem outras situações e resistam ao teste do algodão.
Os cuidados? para já com a atenção e oesclarecimento necessário a todas as partes com a ressalva que, a partir da mudança do doente, uma equipa cessa responsabilidades e outra a assume, não há uma responsabilidade global.

quinta-feira, outubro 14

difícil

a minha sorga está internada e foi sujeita a operação delicada ao coração. Nos entretantos o sogro acompanha um pouco da rotina cá de casa. Ontem, no jantar trocamos ideias sobre o que é ser hoje marido e pai.
Da pequena conversa uma grande ideia feita, de minha parte é claro, que hoje é um trinta e um ser pai e marido. Ele há que cuidar dos filhos, arrumar a casa, asumir a lida doméstica, fazer o comer, ir levar e ir buscar os filhos à escola, preparar os lanches, separar a roupa (ainda não a passo a ferro), organizar os trabalhos de casa e as obrigações de cada um, acompanhar o quotidiano, ouvir a esposa sobre os desafios da sua profissão, as suas preocupações sociais, dar de comer à cadela e... porra cansa.
Antes, naquela que foi a geração do meu pai, do meu sogro, preocupavam-se em trazer algum dinheiro para casa no fim do mês. Tudo o resto era por conta da esposa (filhos, casa e tarecos e demais obrigações), ou da amante (sexo, lúxuria, prazer, irresponsabilidade, noitadas e todo o restante sal da vida).
do que sinto mais saudades é da amante.

outono

enquanto esperava pela filha, sentado no banco corrido do hall de entrada da escola, sentia os primeiros efeitos do outono. Uma dúvida diária sobre se está frio ou não. Ouviam-se os primeiros comentários à chegada desta estação do ano, sentiam-se a pele de galinha, o bater dos pés contra aquele chão centenários, os casacos, o tapar do vento. Cá fora as nostalgias, as saudades nem se sabe do quê, as nuvens a percorrerem a silhueta desta cidade. Afinal é Outono, por muito que possa não parecer.

à fartazana

diz o povo e talvez com a razão ancestral de seu lado, que não há fome que não dê em fartura. Depois de um mísero empate num ducado encastrado no meio da Europa, com uma equipa do fim da tabela da FIFA uma fartura de golos, uma estatística de aproveitamento exemplar e um jogo para não mais esquecer.
que ilações retirar? que até nestas coisas, e particularmente no futebol, se visibilizam as características de ser português, que a sobranceria perante os pequenos é evidente e se paga cara, que, quando nos organizamos, quando nos preparamos e consideramos o adversário ao nosso nível, somos bons e capazes de ultrapassar dificuldades, que, quando existe organização, ordem e critério podemos fazer o mesmo que todos os outros que, na generalidade das vezes, são modelos.
Espero, faço votos para que domingo continue este episódio, agora protagonizado por um italiano que mais não faz que organizar os cantos à casa e o SLB glorioso possa afirmar o seu regresso aos patamares superiores do futebol nacional. Pelo menos por agora.
A ver vamos.

terça-feira, outubro 12

olhares

Eu sei que os nossos sentimentos, as ideias que partilhamos, as opiniões que defendemos condicionam o nosso olhar. A tudo isto acrescem a experiência e a formação pelo qual passámos, as influências que sentimos.
Não consigo ser neutro nem independente. Mas estou certo que em tudo aquilo que o senhor primeiro-ministro disse que fez existirão coisas que, por outros, são olhadas com rigor, enaltecimento e louvor.
A minha grande preocupação refere-se ao impacto e aos sujeitos daquele conjunto de medidas, das valorizações que são feitas, do estado que cada um sente depois da influência do Estado.
E aí são sempre os mesmos a pagar.
Fico, por outro lado, seriamente admirado quando vejo tantas promessas, um rigor tão formal e exagerado na tentativa de comunicar com o país, efectuar uma outra leitura dos mesmos factos. Os mais importantes comentários que hoje ouvi vieram de pessoas simples, do povo, quando comentavam se somos parvos, se continuam a pensar que vamos na cantiga do ceguinho, que caimos na primeira promessa de dinheiro fácil, riqueza já. Mas parecia o novo totoloto, seja excêntrico de um dia para o outro. O nosso primeiro ministro parecia um homem sério, de um momento parao outro. Até acreditamos. Nem sequer somos parvos

olhar

peço desculpa de voltar ao tema, a bater no céguinho [estou ceto que alguns deixaram de passar por aqui por insistir tanto em bater no ceguinho, mas é um risco que corro] mas não resisto a deixar uma observação sobre a conversa em família do nosso estimado primeiro-ministro.
Se fosse açoreano sentir-me-ia deveras inchado e reconhecido. O senhor primeiro-ministo primeiro disse aos açoreanos e só depois, dois dias passados, diz ao país. É de uma pessoa se sentir importante. Mesmo importante.

dúvidas

contradições? quais contradições?

segunda-feira, outubro 11

do anonimato

A partir de um comentário a uma posta minha, dizem-nos que o anonimato não impossibilita nem inviabiliza a discussão de ideias. Pois não, mas que abre espaço na qual não entro nem com o qual alinho, o da boca fácil, o do diz-que-diz, o do própria insinuação, o do boayte, lá isso abre.
Independentemente da clubite de cada um, das simpatias político-partidárias, das ideologias que possamos defender, alguém, como costumo dizer, nos fez o favor de escrever liberdade e democracia com todas as letras, algumas feitas de sangue e de lágrimas.
Não abdico deste princípio e dos elementos que o sustentam, a da frontalidade das ideias, da descoberta dos nomes, da revelação das posições, da frontalidade do cara-a-cara.
Tal como os Homens de antigamente.

atenção

Atenção, o nosso primeiro ministro vai falar ao país, aos portugueses e às portuguesas.
Não sei se compre um dicionário se tome vários cafés, se me sente em cima de uma cadeira com pregos para não perder pitada, para tentar perceber o que diz.
Depois daquele brilhante anúncio de aumento de vencimentos, descida de IRS só o céu me satisfaz.
Esperar para ouver.

cópia

parece que algum pessoal gostou da atitude do compadre Gomes da Silva e vá de copiar o exemplo. Tomaram-lhe o gosto e agora há que os segurar.
Vejam mais esta, agora do colega do Porto aquele Rio.

domingo, outubro 10

obrigado

antes do final do ano, o senhor primeiro-ministro de Portugal foi aos Açôres distribuir brindes ao povo.
Ficámos a saber que provavelmente as comadres se irão zangar, uma vez que alguém terá que arcar com o ónus da questão(ou se defende a contenção, o rigor orçamental ou imitamos alemães e franceses e furamos o tecto do déficite, mas também se terá que mudar de discurso).
Disse o senhor que no próximo ano os funcionários públicos irão ser aumentados acima da inflacção (nunca imaginei desejar que a inflacção suba, suba e não pare) e que os escalões de IRS irão também sofrer uma reestruturação / redução.
Na Madeira é o circo de Alberto João, nos Açôres é o dinheiro, nunca Portugal esteve tão perto de imitar Roma.

simpatia

ainda não tive possibilidades de agradecer os comentários que o meu conterrâneo Luís Carmelo me deixou em diferentes postas minhas. Faço-o agora essencialmente para agradecer a simpatia mas também para realçar a lucidez e a pertinência com que olha para determinadas realidades, destaco, caso tenham passados despercebidos, o comentário a esta posta e a esta ideia.

talvez

... talvez exista em alguém, ou em mim mesmo, a pretensão de, quando em quando, se colocar em bicos de pé. Não é, pelo que me toca e posso-o assegurar com factos, por interesse próprio e pessoal e menos ainda em prol de uma qualquer e hipotética benesse.
Mas não resisto em comentar, em trocar ideias, sobre o que se escreve sobre Évora. Volto a referir o que já aqui escrevi há tempos, nem Zé Ernesto necessita da minha defesa nem a câmara tem em mim uma qualquer forma de paladino defensor ou, menos ainda, advogado.
Que Évora necessita de muito mais e muito melhor?, sem dúvida. Que há muito para fazer?, sem discussão, que a câmara PS devia ser mais ambiciosa? de acordo, que há situações que podiam ter um desfecho diferente?, obviamente.
Mas reclamar sobre quase tudo, dissertar sobre todas as maleitas, puxar do verbo e desacarregar vernacologia fácil não é suficiente para que se possam omitir anos de imobilismo, década de trabalho para turista ver, ausência de uma linha de rumo onde o cidadão se reconhece-se, onde o municípe se pudesse enquadrar.
Em 25 anos de abilismo houve retórica, simpatia, cordealidade, despesismo, futilidade, bandeiras desfraldadas. Faltou, obviamente que em minha opinião, obra feita, coisas que permitam perceber por onde cresceu e como cresceu a cidade depois do 25 de Abril. Não é à toa que a análise do Mais Évora termina nos anos 60. Branqueia todo o período que medeia até hoje.
Pura coincidência, por certo.
Como ficam por explicar ao simples eborense que sempre fui e na qual me enquadro, quais os interesses e as ligações que uniram partidos e criaram pretensas coligações políticas, entre PC e PSD, que originaram um espaço e as oportunidades para que Évora e o Alentejo esteja, hoje, onde e como está. E com quem está.

quinta-feira, outubro 7

outras manias

Talvez pela idade, não sei se minha se dele, mas este senhor presidente tem surpreendido a minha pessoa, pelo conjunto de atitudes, pelas ideias que agora resolve mostrar e pelas acções.
Atão não é que lhe deu, de se ir meter onde não é visto nem achado.
Sinais ao governo são outros e de outra maneira, senhor presidente.

tá tudo escrito

Esta uma peça que resumo muito do que pode ser e deve ser escrito sobre o episódio TVI/Marcelo/Ministro.
Uma clara e óbvia constatação, três, numa relação, é uma multidão.

kota

A partir desta entrada, de uma pessoa in-quieta, ocorreram-e pensamentos, ideias, sentimentos que me fazem sentir saudades de um tempo que foi muito meu.
Por vezes, ao ouvir uma música, ao reler um livro, ao passear por um jardim (onde gostava de namorar, onde gostava de estar) sinto saudades. Das pessoas, dos amigos, dos momentos, das sensações.
Há quem diga que é ou lhe chame saudosismo. Não o entendo assim, ou talvez não o queira entender.
A minha leitura vai mais no sentido que é a partir daquilo que fomos, por aquilo que passámos, aquilo que aprendemos, de bom e de mau, as experiências que tivémos que nos lançamos para o amanhã.
Olho para essas sensações como se de balanço se tratasse e, depois, assusto-me, afinal quero-me lançar prá onde(?).
Coisas de kota (ainda por cima quase a fazer anos de novo).

saudades

sinto saudades do Outono. Sinto já falta de um dia mais fresco, de vestir uma camisola que se aperte contra mim.
Sinto saudades das nuvens, do sol escondido, do meu casaco das noites mais frescas.

início

... depois das coisas normais da manhã - higiéne, distribuição dos filhos, primeiro café - subo ao meu deserto e navego na net.
Há um conjunto de sítios que são, para mim, imperdíveis, incontornáveis sempre que aqui chego. Os jornais nacionais, alguns internacionais, um ou outro sítio das rádios, os blogues indiscutíveis, sobre tudo e sobre nada, das minhas paixões, dos meus sentimentos, naqueles que me reconheço e daqueles que me ensinam, um ou outro apontamento de ideias digitais a circular nesta imensa rede, a consulta do correio, inclusivamente do junk mail - estranho quando nada me entra pela caixa electrónica.
São vícios, hábitos, usos, um costume que se instalou na minha pessoa que quase se tornou uma rotina.
Não consigo iniciar as minhas funções sem ganhar algum do meu tempo neste espaço, neste devaneio.
É assim que leio o mundo, me leio.

quarta-feira, outubro 6

ideia

Na sequência de outros e da minha posta anterior, permita-se-me a pergunta [que sei antecipadamente que irá ficar sem resposta]: para quando um almoço de bloguista eborenses (cidade, distrito, conterrâneos e afins e todos os outros também)?.

leituras

... e participação.
Dizem por que a CMÉvora lê e comenta, ainda que à boca pequenina, os blogues cá da terra.
Quem quiser ignorar, fingir que não vê, disfarçar ou olhar para o lado aquela que é há muito uma realidade incontornável da participação cívica está enganado ou anda a tentar enganar-se.
A blogosfera é um assunto incontornável nas suas múltiplas dimensões e características, de participação social, de fomento da democracia, de afirmação de ideias, de construção de opiniões. É um espaço aberto e pluridimensional onde cada um vale por aquilo que defende, pelas características da sua escrita, pela assunção das suas ideias.
Ainda que muitos tentem remar em sentido contrário, ainda que se procure esconder o gato o rabo continua de fora.
Situação em que, pese embora a minha situação, não quero acreditar que marque as características de quem está na CMÉvora. Mas marca outras paragens, outros actores locais e regionais. Ou com pretensão a isso.

estupefacção

... é aquilo que sinto perante os comentários e suas consequências, do ministro dos assuntos parlamentares ao seu companheiro de partido e ex-presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Consegue mais esta atitude, quer os comentários quer a atitude do prof. Marcelo, que qualquer campanha anti-governo.

homenagens

Os comentários que tive ontem oportunidade de ver, a propósito da saída de cena de Carlos Carvalhas, fizera-me lembrar uma homenagem póstuma com o dito cujo vivinho da silva.

domingo, outubro 3

tremores

na sequência do congresso do PS e da assunção da liderença por José Socrates, é engraçado, digo eu, ver algumas tremeduras, alguns tiques de nervoso, talvez e ainda só miudinho. Mas os comentários e os comentadores, alguns blogues e alguns blogueadores fazem sentir, no meio das entrelinhas, naquele espaço entre uma e outra palavra, sinais de alguma incomodidade, de algum não conforto ao qual estavam já adaptados.
Quer na liderança, perdendo tempo e oportunidades a discutir formas em vez de conteúdos, qual atrevimento de inovar, de fazer diferente, de copiar outros exemplos, quer nos nomes, nas figuras que se aproximam desta nova janela de oportunidades. É ve-los a animar as hostes, a sacudir fantasmas, a abanar armários.
Mais engraçado será ver qual a dinâmica que se irá criar, que se irá manter. Os tempos vão ser de disputa - eleições nas ilhas, orçamento de estado, opções do plano, novo ano e eleições autárquicas, logo seguidas de presidenciais para apenas avagar nas legislativas.
Das duas três ou morremos antes de lá chegar, extenuados, rebentados de tanta dinâmica de tanta acção ou, pelo contrário, adormecemos ao som de conversas, desligamos pela saturação de ser mais do mesmo. A ver vamos.

sábado, outubro 2

parabéns

Hoje faz anos, deixo ao critério dele dizer quantos, um amigo.
Uma daquelas recordações que vem detrás, de há muito, muito tempo. De um tempo que se perde neste espaço de amizades, de trocas, de amores e de momentos.
Cresci nele, como deixei sedimentar sentimentos e humores. Aprendi com ele a gostar de filmes, de imagens, de fotografias, de coisas simples, de música, de sons, da amizade.
Eramos uns quantos, uma meia dúzia bem recheada. Todos diferentes, pois claro, mas com interesses, pelo menos durante algum tempo, em comum. Depois cada um foi à procura dos seus próprios interesses, à descoberta de outras amizades. Fica apenas a recordação, a memória.
Fizémos filmes, desenhámos escritas, pintamos textos, trocamos ideias, desfilamos nas ruas e nos palcos desta cidade.
Ele, ainda hoje, retira imagens, guarda instantes.
É com algum orgulho que digo bem feita, pois tenho uma, minto, duas fotografia, que olho e recordo neste momento, que são das coisas mais bonitas que alguma vez vi, captadas num instante. Os rapazes do cubo da ribeira do Porto, e uma paisagem alentejana, fogo de verão a recordar o que foi uma ceara.
Depois, por ventos e marés, correntes e torrentes cada um foi para seu lado. De quando em quando encontramo-nos nestas esquinas feitas de vida, pois a cidade não é grande e não nos escondemos.
Parabéns Zé-Tó.

memória

Faça um esforço. Concentre-se. Traga à memória palavras, ideias de outros tempos, talvez de outros governos.
Lembram-se de um governo que queria juntar os feriados à 2ª ou à 6ª feira, ou para o próprio fim-de-semana para que a produtividade da/na administração pública não fosse tocada? Aquele governo que procurou negociar com a Igreja o que designavam por excessivo número de dias com feriado religioso? Lembram-se?
Pois é, nada tem a ver com este mesmo que agora nos concede, qual rebuçado anexo ao pedido de desculpas, esta tolerância de ponto.
Será que esta gente pensa que o português tem a memória curta? Será que os governantes esquecem erros de palmatória, burrices a toda a prova com um fim-de-semana comprido?
Que façam de mim o bode expriatório de todos os males e o chupa-chupa de todos os impostos, ainda aceito, agora fazerem de mim parvo, isso é que não.

de passagem

ao fim deste tempo todo disponibilizo um contador de passantes.
A noção que tenho daqueles que me lêem decorre essencialmente de dois pontos diferentes. De um lado, dos comentários que deixam. A partir deles consigo, por vezes, perceber quem por aqui passa, qual a relação que tem com este meu espaço. Mas pouco mais.
Por outro lado, decorre da troca de ideias, dos comentários que me fazem chegar, das mensagens enviadas. Fico a saber que há gente que por aqui passa, que lê o que por aqui vou deixando.
Se são muitos ou poucos, foi coisa com a qual nunca estive preocupado, que me despertasse qualquer curiosidade.
Mas é chegado o tempo, digo eu, de disponibilizar este contador de passantes. Logo se retirarão as devidas e não necessárias ilacções aos números.
Valem o que valem.

dor de cotovelo

Não resisto a comentar e a deixar aqui alguns galhardetes a comentários que deles pouco mais se pode retirar que não seja uma dor de cotovelo, o princípio do pânico de ver a carroça a andar para trás.
O meu conterrâneo d' O Chaparro diz três coisas, qual delas a mais singela de bradar aos céus.
Primeiro, que a análise que faço é recheada de bola de cristal. Penso que como qualquer outra, uma análise crítica de algo serve para desmontar discursos, mostrar o que por trás deles está e perspectivar outras análises, outros níveis de abordagens. Talvez o meu conterrâneo chaparro não seja dado a estas coisas e seja, na sua análise, mais virado para o passado pois o futuro pouco ou nada lhe reserva.
Segundo, que o PS é um caixote de lixo da política. Faz-me lembrar aquelas boçais observações de um colega que não gosta de mulher nenhuma, que nenhuma lhe agrada. Diz-me lá onde está o teu caixote do lixo. Fica-se a saber que o PS tem melhor gente, gente reconhecida pelos seus conterrâneos no caixote do lixo do que o PC à mesa. Enfim, sinal dos tempos (?).
Por último, que se alguém se armar em Robim dos Bosques dos tempos modernos até se lhe poderão, não direi autorizar, mas legitimar alguns desvios.
Nem parece de um chaparro.

caspacho

Recuperei há pouco de um belo caspacho, alentejano, obviamente, acompanhado com uns jaquinzinhos passados por baixo dos panos, por causa da medida e regado com um tinto com o qual apenas hoje travei conhecimento, Loios, de João Portugal Ramos. Porra que é bom que se farta e, ainda por cima, extremamente acessível, 2,5€.

erros de casting

Uma posta retirada do outro lado, porque considero pertinente, peço desculpa da imodéstia, e destacar estes erros de casting.
... claros e objectivos erros de casting. Quem ontem teve oportunidade de ouvir as explicações e as atabalhoadas respostas da senhora ministra da educação às questões levantadas pelos jornalistas terá, eventualmente, ficado com a mesma sensação que eu, que há inúmeros erros de casting neste governo, e que esta senhora é um dos maiores.
Total e perfeito desconhecimento da realidade, desfazamento face às questões educativas, ausência de uma lógica política de gestão do ministério, incapacidade de coordenar, sem sobranceria, duas respostas. Não fosse o apoio inestimável do seu colega de governo, Morais Sarmento, aparentemente pau para quase toda a obra política, e ter-se-ia esborrachado ainda mais.
Este é tempo perdido, são recursos desbaratados, são oportunidades desperdiçadas. Este tempo, infelizmente, é para queimar. E depois dizem que isto está mal, ai está, sim.

sexta-feira, outubro 1

arranque

A eleição de José Socrates para secretário-geral do PS revelou, em meu entender, uma de duas opções.
Por um lado, ou se acentuava a luta ideológica, se realçavam as diferenças políticas entre a esquerda e quem nos governa ou, por outro, se procuravam criar alternativas credíveis de poder.
Por muito que goste, simpatize e respeite Manuel Alegre, por muito que possa, em muitas situações, concordar com ele, o PS deve ser uma clara, objectiva e politicamente capaz alternativa de poder, de exercício do poder, de implementação de medidas e práticas de uma esquerda de governo.
Não pode ser apenas uma consciência, um grilinho falante, um construtor de futuros.
Sei que uma não inviabiliza outra, como sei que não pode existir prática política sem uma forte ancoragem ideológica. Mas a opção, nos princípios e na orientação foi clara.
Que este fim-de-semana, marcado pelo congresso do PS, seja o arranque para a construção de uma alternativa não apenas no discurso, não delimitada nas diferenças políticas e ideológicas, mas de acções, de práticas, de propostas, de objectivos concretos, exequíveis.
Que este fim-de-semana seja o arranque de novas possibilidades, de abertura de janelas, de conquista de oportunidades. Da afirmação que o PS está unido em torno do mesmo objectivo e do mesmo lider. Que a esquerda tem um lider, uma dinâmica, um projecto.

discriminação

o fim das scuts, autoestradas suportadas pelo Estado, obedece a um princípio ( utilizador-pagador) perante o qual, estou certo, muitos abanarão a cabeça num oscilar afirmativo, de razoável e concordante.
Mas é também o desvincular desse mesmo Estado de uma das suas principais competências e objectivos, a de criar factores de discriminação positiva que facilite e promova equilíbrios, que incentive mobilidades, que apoie o desenvolvimento de zona carentes, interiores, marginalizadas ou simplesmente esquecidas.
Este princípio de menos Estado melhor Estado, oriundo já do final dos anos 80 e de pleno cavaquismo, apenas opta por acentuar diferenças, discrimina negativamente zonas, acentua hiatos, reforça problemas, destaca incúrias.
E, como não aconteceu antes com Cavaco Silva e os seus governos, não reduz nem o déficite, nem a dívida pública e apenas penaliza as pessoas, desequilibra o país, envelhece o interior, desertifica regiões.
São opções, antes de tudo políticas, mas que reflectem também opções sociais e de desenvolvimento de um país.
O que se nota melhor, o que mais sobressai neste governo é exactamente o contrário do discurso que o primeiro-ministro procura fazer passar, com recurso à insistência, à propaganda e à demagogia. Não há uma preocupação social, não há uma pinga de equidade social, não se vislumbra um pedacito sequer de justiça social. A não ser no discurso.